domingo, 13 de novembro de 2011


As vezes achamos que perdemos, e reparamos que afinal ganhamos. Perdi tanta coisa, num espaço de tempo tão pequeno. E depois reparei que apesar da devastação que acabara de passar, eu reparei que ainda te tinha a ti... E depois pensei, que contigo aqui seria tudo mais fácil, sentia me protegida, sentia me menos vulnerável. E entre lágrimas e abraços teus eu melhorei a olhos vistos. Não melhorei só por fora, mas também por dentro, mas agora tenho receio deste afastamento.
As vezes era bom saber que não vais a lado nenhum, as vezes seria melhor que tu te importasses comigo, por vezes seria bom receber um abraço teu. Mas mesmo sem o teu abraço eu tenho vivido, mas tem sido difícil saber que há tantas pessoas que não são o que parecem, tem sido difícil entender que o ser humano tem tantos pontos fracos, tem tanta maldade, tanta inveja, tanta falta de vida própria, tem sido realmente difícil confiar em alguém.
E era ai que entrava o teu papel importante, era aqui que tu entravas na personagem principal, que tu causavas espanto ao público que se encontrava na plateia, e era na altura em que as cortinas se fechavam e existia aquele breve instante em que o silêncio tomava conta dos nossos ouvidos, que eu me sentia bem, mas depois quando ouvimos o aplauso efémero dos espectadores, sentíamos que a missão estava cumprida. Talvez as cortinas já tenham fechado, e o espectáculo já tenha acabado. Provavelmente eu na reparei, que tu já não representes este papel, que tu já não és mais a personagem principal. Talvez já eu não seja mais a personagem secundária desta peça. Talvez nem voltemos a representar juntos. Talvez eu não dança de novo nas tuas palavras, quando voltares….

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